Quando se pensa em micareta, a primeira coisa que vêm à mente é muito agito ao som de ritmos como axé e pagode. Mas tratando-se da Micareta de Feira, o que fica evidenciado, durante os quatro dias de festa, é a manifestação cultural dos mais diversos ritmos. Por que não pensar em resistência, ou ressignificação?

Foi exatamente isso que o folião que acompanha a festa na noite de domingo (21) pôde ver na passagem do Bloco Quixabeira da Matinha, puxado pela banda de mesmo nome. O Samba de Roda tomou conta da avenida.

O público era de todas as idades, mostrando que “quem não gosta de samba, bom sujeito não é! É ruim da cabeça e doente do pé”. Ficar parado era uma missão impossível.

E apesar de tocarem samba de roda, um ritmo centenário, eles vieram em cima do trio elétrico cantando as músicas não só com os instrumentos tradicionais (acústicos), mas também possuem na composição da banda instrumentos elétricos, como o contrabaixo.

De acordo com o vocalista da banda, Guda Moreno, o número de foliões que estavam acompanhando o grupo musical girava em torno de 2000 pessoas.

E a fidelidade do grupo Quixabeira da Matinha ficou expressado durante a sua apresentação, não só pelas canções cantadas, como a música Quixabeira – gravada por Carlinhos Brown – que  estava na boca da galera, mas também ao trazerem a matriarca do grupo, Dona Chica, em cima do trio tocando o tradicional pandeiro.