Publicada em 10/08/2022 ás 13:44:47
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) detalhou que uma das 20 pessoas infectadas pela varíola dos macacos no estado é um bebê de dois meses. A informação foi publicada em no boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (9). O g1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que informou que só terá atualização sobre os casos confirmados e suspeitos no estado no final da tarde desta quarta-feira, quando o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) emitir um novo boletim após rastrear todos os dados em análise no estado. Com o caso de Feira, Bahia chega a 21 casos da doença. O primeiro caso da Monkeypox no estado ocorreu no dia 13 de julho. Ela se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente dividida em dois períodos: · Invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa; · Erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões. O que é a varíola dos macacos?A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas: Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas. · De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais. · Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis; · Da mãe para o feto através da placenta; · Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele; · Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva. IsolamentoPacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz. Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las. Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.
Por g1
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