Publicada em 28/03/2024 ás 14:43:29
As oportunidades e os desafios das relações econômicas entre Brasil e França foram foco do encontro entre representantes dos governos dos dois países e pelos respectivos setores empresariais das economias, nesta quarta-feira (27).
O presidente da CNI, Ricardo Alban, abriu o evento reforçando o apoio ao investimento de empresas francesas no Brasil e destacando a posição privilegiada do país em relação a agendas como a da transição energética. Para Alban, além de fortalecer os vínculos entre os países, as economias podem encontrar caminhos conjuntos para demandas globais, como a promoção de uma economia de baixo carbono e o aumento da competitividade das indústrias. De acordo com o presidente da CNI, o Brasil tem vantagens geográficas, recursos naturais abundantes e uma matriz energética diversificada que podem impulsionar a nova indústria. Com esses fatores, se torna possível construir um setor industrial mais forte, dinâmico e inovador, capaz de promover o desenvolvimento econômico e social e a criação de empregos de qualidade. “Neste contexto, é fundamental continuarmos aprimorando as relações comerciais e de investimento entre os nossos países”, analisou. Ao reforçar a busca pela melhoria do ambiente de negócios e pela ampliação do fluxo de comércio e de investimentos bilaterais, o presidente da CNI lembrou que o Brasil é o principal mercado para os investimentos dos franceses em países emergentes. Atualmente, a França é o 5º investidor direto no país e tem mais de 1.150 subsidiárias de empresas estabelecidas em território brasileiro, que empregam 520 mil pessoas e faturam 61 bilhões de euros por ano. A França é o 15° parceiro comercial do Brasil, com 1,45% de participação no mercado. Em 2023, as exportações brasileiras para o país somaram USD 2.932 bilhões, e as exportações US$ 5.504. Nos últimos cinco anos, as exportações cresceram 11%, e as importações, 12%. A participação brasileira no mercado francês ainda é baixa, de apenas 0,5%. Embora a pauta exportadora seja relativamente diversificada, há necessidade de buscar equilíbrio no comércio bilateral. Esse objetivo deve ser alcançado ampliando vendas de produtos de médio e alto valor agregado. Para Alban, há espaço para equilibrar a balança comercial dos dois países. Enquanto a França é o 9º maior fornecedor do Brasil, país ocupa o 36º lugar na lista dos que exportam para a França.
Por Diário da Feira via Portal da Indústria
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